Quero resgatar valores caros e esquecidos na advocacia de MT
OAB: por que sou candidata
É essencial que possamos explicar à advogada e ao advogado quais são as minhas razões de pleitear a direção da Ordem dos Advogados. Primeiramente, tenho o dever de frisar que ninguém pode ser candidato de si mesmo e é representando um enorme grupo que tem objetivos comuns que estou imbuída no projeto de resgatar valores tão caros como esquecidos na advocacia mato-grossense. Por outro lado, nenhum candidato granjeia a vitória se não se firmar e afirmar abertamente como candidato e, por essa razão, peço o apoio da leitora, do leitor. E são muitas as razões que me habilitar a fazer esse pedido.
Sou formada pela Universidade Federal de Mato Grosso, tendo cumprido minha especialização em direito processual do trabalho, pela Universidade Cândido Mendes. Com orgulho, desde a faculdade, participo de movimentos ligados à profissão, tendo passado pelo Centro Acadêmico VIII de Abril e, depois de formada, tive oportunidade de retornar à sala de aula como professora na Unic, Unirondon e Univag, experiência na qual deixei muitos amigos e aprendi mais do que ensinei. Como imagino que o estudo faz prosperar nossa sociedade e os profissionais que gravitam em torno do Direito, fiquei lisonjeada ao assumir a presidência da Escola Superior de Advocacia.
A profissão que ostento defender é tão nobre que não poderia me contentar em lecionar. Juntamente com excelentes colegas, demos impulso à Aatramat, uma associação de advogados que militam na área trabalhista, hoje com um rol de serviços prestados de importância reconhecida pelos profissionais que militam nesse ramo do direito. Fui Secretária Geral da Ordem dos Advogados do Brasil, acreditando que nossa instituição deveria ser a convergência para atender às advogadas e advogados, sobretudo na defesa das prerrogativas legais que são muitas vezes ignoradas por autoridades das mais diversas naturezas. Participei de campanhas, comissões, reuniões, fiz desagravos, viajei para proferir palestras. Numa palavra – vivi e vivo a advocacia.
Respirei advocacia nesses anos. Doei muito do meu tempo para escutar e compreender os colegas que traziam as mais diversas dificuldades: desrespeito de entes públicos, falta de acesso a processos, quinto constitucional, ensino jurídico sofrível, ausência de informações processuais, problemas com protocolos e acompanhamento processual, enfim, centenas de reclamações que não são exclusivas de advogados, mas afetam toda a sociedade mato-grossense. Como advogada, sei que nosso ofício confunde-se com o desenvolvimento social porque o advogado é essencial à administração da Justiça, uma conquista constitucional fundamental.
E, afinal, por que sou candidata? O tempo me fez amadurecer e direcionar os impulsos normais da juventude em prol da classe que pretendo representar. O esforço desses anos estando muito próxima dos meus colegas fez nascer um projeto coletivo que está pautado em algumas máximas que gostaria de compartilhar com todos: transparência, interatividade, qualidade e prerrogativas. São algumas proposições que farei após debates democráticos com a classe que quero representar, com os olhos voltados ao horizonte e com a combatividade necessária. Novos rumos estão por vir.
LUCIANA SERAFIM é advogada, presidente da AATRAMAT e pré-candidata a presidência da OAB/MT
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