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Opinião
Quinta - 18 de Outubro de 2012 às 11:23
Por: Paiva Netto

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 Durante os festejos dos 20 anos do Templo da Boa Vontade, ocorridos em 24 de outubro de 2009, em Brasília/DF, prestamos tributo à Organização das Nações Unidas (ONU), que, naquela data, completava 64 anos de existência. Aliás, o sentimento que pautou a decisão da comunidade internacional de criá-la, em 1945, é o mesmo do TBV: o desejo de Paz.

Breve histórico

Após as atrocidades da Segunda Grande Guerra, que dizimou e mutilou, física e psiquicamente, milhões de pessoas, lideranças mundiais procuravam mecanismos que pudessem assegurar a Paz entre os povos. De 25 de abril a 26 de junho de 1945, na cidade de São Francisco/EUA, foi elaborada — pelos representantes de 50 países na conferência sobre Organização Internacional — a Carta das Nações Unidas. Por sinal, o termo Nações Unidas foi idealizado pelo presidente norte-americano Franklin Roosevelt (1882-1945). A base do documento nasceu de propostas de delegações da China, dos Estados Unidos, do Reino Unido, da antiga União Soviética, da França. Em 24 de outubro de 1945 passa a existir oficialmente a ONU. Imaginemos quantos e que tipos de discussões reservadas para chegarem a um consenso, inclusive nos campos devocionais e laicos ─ que o diga dona Eleanor Roosevelt (1884-1962) ─, ocorreram nos bastidores, das quais, por mais bem informados que estejamos hoje, não temos plena consciência. Se o acordo se formalizou, àquela época — depois do desestimulante fracasso da Liga das Nações, que tanto fez penar Woodrow Wilson (1856-1924), após a Primeira Guerra —, por que as novas providências, auguradas por tantas nações, que agora se projetam internacionalmente, cenário em que o Brasil se destaca, não serão concretizadas? O mundo, sem apelação, segue adiante; às vezes, todavia, momentaneamente, move-se para trás. Parado é que não fica.

A Paz não é utopia

Em contribuição ao tema, trago-lhes improviso meu que a Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, em parte publicou na obra “A Proclamação do Novo Mandamento de Jesus — A saga heroica de Alziro Zarur (1914-1979) na Terra”, que em 24 de outubro de 2009, lançamos nas superlotadas dependências do TBV.

(...) Existem aqueles que acham, como se fora fatalismo, por eles atribuído em censura aos místicos, que a guerra é indissociável do Ser Humano, sem que haja outra possibilidade de progresso rápido. Naturalmente, estão equivocados. Talvez lhes falte ainda a resolução de contrapor-se a qualquer obstáculo e pugnar sem receios por tempos de fato mais pacíficos. Isso requer dose decisiva de ânimo: ir contra aquilo que certos “costumes milenares” ruinosos “decidiram” ser o caminho inarredável dos povos. Mas há muitos que possuem esse destemor. Sérgio Vieira de Mello (1948-2003) foi um deles. Não afirmo que o instinto assassino vá desaparecer de uma hora para outra da face do planeta. Somente não aceito modelos fatalistas, capitulados como realismo irremovível. Digamos, porém, para argumentar, que, se a guerra viesse, teríamos de enfrentá-la com a disposição necessária. Entretanto, um dia, a Fraternidade e a Justiça mudarão para melhor o destino acidentado das criaturas, das famílias, das pátrias. Quando a criatura se purifica, tudo se transforma à sua volta.

Fora dessa postura solidária, transmitida por uma das maiores figuras que passaram por este orbe, torna-se mais difícil usufruir a Paz desarmada, custe o período que for preciso para alcançá-la.

Recado Divino

Enfatizo, então, ao término, recado divino de um Senhor sempre preocupado com ela: “Minha Paz vos deixo, minha Paz vos dou. Eu não vos dou a paz do mundo. Eu vos dou a Paz de Deus que o mundo não vos pode dar. Não se turbe o vosso coração nem se arreceie. Porque Eu estarei convosco, todos os dias, até o fim do mundo!” (Evangelho de Jesus segundo João, 14:27 e 1; e Mateus, 28:20). (...)

Aproveito a oportunidade para saudar aos que abrilhantaram as comemorações de aniversário do Templo da Paz, assim chamado pelo veterano jornalista Gilberto Amaral, que também lá esteve.



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