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Opinião
Sexta - 12 de Maio de 2023 às 04:29
Por: Adriana Costa

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A radiologia pediátrica é uma realidade nos grandes centros e possibilita uma abordagem diferenciada, capaz de otimizar a relação risco/benefício dos exames de imagem pediátricos.

A criança merece um atendimento especial, em ambiente tranquilo, lúdico, onde ela possa se sentir à vontade, sem sofrimento, medo ou traumas. Se a criança estiver tranquila, mais detalhes podem ser observados, melhorando muito a qualidade do exame. Um exame realizado rapidamente, com a criança agitada e chorando, tem grande chance de não ser conclusivo. Neste caso, outras modalidades de exames, mais complexos, onerosos, com sedação e envolvendo radiação ionizante podem ser necessários.

As crianças são mais sensíveis à exposição à radiação e, por terem maior expectativa de vida, têm maior chance e risco de manifestar as consequências dessa exposição ao longo de suas vidas. Sendo assim, os exames que utilizam radiação devem ter uma indicação precisa. Muitas vezes esta decisão não é fácil, principalmente para um não especialista, com tantos métodos disponíveis de diagnóstico por imagem.

Por isso, o trabalho em equipe é fundamental. Ter um radiologista pediátrico de referência para ajudar nessas decisões e realizar o menor número possível de exames complementares, priorizando aqueles que realmente possam proporcionar informações necessárias, e muitas vezes suficientes, para confirmar/afastar determinada hipótese diagnóstica.

A radiologia pediátrica abrange diversos tipos de exames, tais como:

• Tomografia computadorizada;

• Radiografia;

• Ressonância magnética;

• ultrassonografia

• Entre outros.

Os exames de ultrassonografia (US) são dinâmicos, não utilizam radiação ionizante e, nas mãos de um radiologista pediátrico dedicado em reproduzir os hábitos da criança e atento às possibilidades diagnósticas específicas de cada faixa etária, representa uma ferramenta diagnóstica fantástica, resolvendo a grande maioria dos desafios diagnósticos em pediatria.

Vale ressaltar que a radiologia pediátrica deve existir de forma dissociada à radiologia dos adultos, tendo em vista que as doenças que acometem as crianças nem sempre são iguais às dos adultos.

As crianças estão mais suscetíveis a desenvolver doenças específicas, que só aparecem durante essa fase. Logo, o uso de equipamentos especiais poderá oferecer um melhor diagnóstico.

Além disso, também é essencial levar em conta o fato de que os órgãos ainda estão em formação e em fase de desenvolvimento nas crianças.

Neste contexto, sugere-se que o maior amigo para o diagnóstico das crianças ainda seja o esmero na realização da atividade médica de examinar e pautar as decisões clínicas com carinho, dedicação, responsabilidade e, principalmente, bom senso. Os métodos de imagem solicitados devem atender essas premissas básicas.

Adriana Costa é médica radiologista, especialista em radiologia pediátrica, integra as equipes do Hospital do Câncer, Idapi e Cadim



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