Autismo OMS estima 70 milhões vivendo com alguma forma do transtorno

A chamada em questão, está relacionada às corres especificas há cada mês do ano, ou seja, associações nascidas em campanhas de saúde do Brasil e do mundo.

Explico: janeiro branco, diz respeito a Saúde Mental; fevereiro roxo, diz respeito às várias doenças; março azul-marinho, diz respeito à prevenção ao Câncer Colorretal; abril azul, voltado ao debate sobre o Autismo; e por aí vai.

Agora, estamos entrando no mês de maio amarelo, dedicado à prevenção do acidente de trânsito.

Porém, estarei voltando a abordar um tema que se encerrou no dia 30 de abril, relacionado a uma questão emblemática e que não existe cura o Autismo, o tratamento é multidisciplinar com a participação de vários profissionais como: fonoaudióloga, psicóloga, terapeuta ocupacional, neuropediatra psiquiatra, que ajudem melhorar a qualidade de vida do paciente.

A Organização Mundial da Saúde estima que 70 milhões de pessoas no mundo vivem com alguma forma do transtorno do espectro autista, que pode se apresentar de forma grave ou branda, e afeta principalmente a comunicação e socialização, esses dados são relativos à 2021.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) atinge de 1% a 2% da população mundial e, no Brasil, aproximadamente dois milhões de pessoas são portadoras.

Pelos dados Center of Diseases Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, entre as crianças a proporção é de que uma a cada 44 sofra de um problema ainda pouco entendido, mas muito estudado. O problema maior, reside na questão do preconceito exacerbado.

Agora, quando um presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio da Silva (Lula), em uma reunião ministerial, na qual se discute violência nas escolas; o mesmo, dispara mais uma pérola, ao dizer “pessoas com “deficiência mental” teriam ‘problemas de desequilíbrio de parafuso’ ”. Sua fala, além de desconexa, pejorativa e ultrapassada, ao se referir às pessoas com deficiência mental, e o que é pior, de forma capacitista, reforçando assim, estigmas e preconceitos.

Essa fala pouco usual proferida por um Presidente da República acabou ecoando de forma negativa e acabou atingindo milhões de brasileiros e estrangeiros, que são portadores desse transtorno; desse montante, existem 12 famosos conhecidos mundialmente.

Um dos mais ofendidos sem dúvida alguma foi o pai do Romero, o apresentador Marcos Mion, que em rede nacional fez duras críticas à fala do Lula, ao explicar que usar o termo “deficiência mental” é errôneo, o termo usado há muitos é deficiência intelectual e não mental, assim como o Lula disse”.

Nos vídeos em que Mion aparece com seu filho Romero de 17 anos, os mesmos, são realmente memoráveis, a empatia e carinho entre eles é algo maravilhoso, percebe-se existir uma sinergia verdadeira, além de muito amor e carinho. Quem assistir a esse vídeo e, não se emocionar é porque não tem sentimentos, é algo realmente lindo.

Pegando esse gancho do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), o termo Autismo foi criado em 1908 pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler.

Na condição de professor, pelos idos dos anos 90, apesar de não ter experiência para trabalhar em sala com aluno autista, pois naquela época o nosso conhecimento sobre o tema era bem limitado.

Mesmo assim, me recordo que em uma escola particular, a qual não irei declinar o nome.

Nessa época recebi em sala um aluno autista, a minha formação acadêmica era voltada ao ensino cognitivo, iniciei o meu trabalho com esse aluno, não forçando às questões cognitivas; sempre que possível eu acompanhava o seu desenvolvimento em sua maior aptidão.

Percebi que o mesmo era um exímio desenhista, procurei os pais e os incentivei que o levasse para essa área, na qual, ele tinha maior desenvoltura.

Fiz essa ressalva, pois existem 4 tipos de autismo, e existem 3 níveis sendo que o 1 (Leve), o 2 (Médio) e o 3 (Grave), fiz questão de explicar para que as pessoas entendam, que cada qual tem seu grau de dificuldade, porém todos são amorosos, carinhosos e cativantes, assim como vi nos inúmeros vídeos produzidos pelo Mion.

Licio Antonio Malheiros é geógrafo.