Crimes reduzem em 26% em Cuiabá durante os jogos da Copa do Mundo Tiveram queda os crimes de ameaça e lesão corporal na capital do estado. Maioria dos crimes ocorreu nos bairros distantes da Arena Pantanal.
Dados divulgados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) mostram que, apesar do aumento do número de pessoas circulando pelas ruas da cidade durante o período dos jogos da Copa do Mundo, houve redução no número de crimes em Cuiabá. Entre o dia 12 e 25 deste mês, um dia antes e um dia depois do mundial, houve queda de 26% na criminalidade em comparação ao mesmo período do ano passado.
A preocupação agora é se, sem os agentes das Forças Armadas nas ruas, os crimes venham a aumentar na cidade. Segundo o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, o ideal seria manter o policiamento, mas enfatizou que o governo irá ampliar a segurança a partir da nomeação de 2.100 policiais militares. "Eles vão para a academia de polícia e acredito que até as eleições já estejam trabalhando", afirmou.
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O clima de festa contribuiu para a redução dos crimes de lesão corporal. No ano passado, foram registradas 163 queixas à polícia desse tipo de crime e, neste ano, esse número caiu para 130. Com mais policiais nas ruas, também caiu quase pela metade os crimes de depredação, dano ao patrimônio e desacato. De 110, reduziu para 64 este ano.
Até os casos de uso ilíticito de drogas tiveram queda. No ano passado, foram registrados 42 e neste ano, 27. Contudo, a quantidade de homicídios nos dois períodos foi idêntica. Oito pessoas foram assassinadas nos períodos. Contrariando a estatística, o número de roubos aumentou em 2014. No ano passado, foram 179 roubos e neste ano, 198.
Confome a secretaria, a maioria dos crimes ocorreu nos bairros distantes da Arena Pantanal, estádio que sediou os quatro jogos da Copa em Cuiabá. Mais de 3 mil agentes de segurança, incluindo 1.600 das Forças Armadas, da qual fazem parte o Exército Brasileiro, a Marinha e a Aeronáutica, atuaram na segurança da cidade, principalmente nos locais de maior concentração de pessoas.
Nada mudou
Ao contrário de Cuiabá, Várzea Grande, região metropolitana da capital, teve mais homicídios durante a Copa do Mundo do que no ano passado, quando foram registrados quatro assassinatos. Nos últimos 15 dias, nove pessoas foram mortas na cidade. Também aumentou o número de lesão corporal e ameaça. A única queda foi no crime de danos.
Ocorrências na Arena Pantanal
No entorno da Arena Pantanal, dois cambistas foram detidos vendendo ingressos. Eles foram autuados e liberados após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Ainda na parte externa, um brasileiro e um colombiano tiveram os ingressos para o jogo furtados.
Dentro do estádio, um japonês foi detido por desacatar um policial civil. Ele tentou entrar com um megafone no local e se revoltou ao ser barrado na catraca. Além disso, duas pessoas registraram queixa por furto. Uma das vítimas era funcionário de um restaurante que funciona dentro do estádio e alegou ter a bolsa furtada.
Dois torcedores tentaram entrar no estádio sem pagar. Eles estavam na carroceria de um caminhão de uma prestadora de serviço e foram flagrados por um raio-X instalado no local. A imagem foi disponibilidade pela secretaria de Segurança nesta quinta-feira (26).
Vistoria
Antes de cada um dos quatro jogos, a Arena Pantanal foi vasculhadas por policiais federais para retirar qualquer artefato que pudesse representar ameaça aos torcedores durante as partidas. Cada vistoria, demorou em média seis horas, segundo o delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado. Os hotéis onde os jogadores das oito seleções ficaram hospedados também foram revistados antes da chegada deles.
Além das tropas de Mato Grosso e outros estados, policiais do Chile, Rússia, Colômbia, Japão e Nigéria também estiveram em Cuiabá para escoltar as delegações das seleções dos respectivos países.
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