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Tecnologia
Terça - 24 de Junho de 2014 às 08:52
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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A ideia utiliza uma impressora 3D para imprimir materiais feitos de diferentes elementos em um formato que aumenta sua resistência.


Engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), nos Estados Unidos, desenvolveram uma técnica que faz com que materiais suportem até 160 mil vezes o próprio peso. A ideia utiliza uma impressora 3D para imprimir materiais feitos de diferentes elementos em um formato que aumenta sua resistência.

O novo design se parece com uma grade entrelaçada em nanoescala, o que resulta em uma maior rigidez e força combinadas com baixa densidade. A estrutura pode ser aplicada em diferentes materiais, como metais ou polímeros, e é obtida por meio de um processo de impressão em 3D de alta precisão, chamado microestereolitografia.

A tecnologia foi desenvolvida em parceria com o Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL, na sigla em inglês) e foi publicada no jornal científico Science pelos pesquisadores Nicholas Fang, Howon Lee, Qi Ge, do MIT, e Christopher Spadaccini e Xiaoyu Zheng, do LLNL.

A rigidez e a força de um material diminuem junto com a densidade, explicou Fang. “Mas usando as estruturas matemáticas certas para distribuir o peso, uma estrutura mais leve pode manter sua força”, completou.

A estrutura geométrica para essas microestruturas já havia sido determinada há uma década, mas o processo de transferir esse conhecimento para algo que poderia ser impresso demorou anos. “Nós descobrimos que mesmo um material leve como aerogel possui rigidez comparável a alguns tipos de borracha sólida e 400 vezes mais forte que materiais de densidade similar. Essas amostras podem aguentar uma carga com peso 160 mil vezes superior ao seu próprio”, apontou Fang.

Até o momento, os pesquisadores testaram a estrutura em três materiais diferentes, feitos com metal, cerâmica e polímeros, e todos demonstraram as mesmas propriedades. “Esse material é um dos mais leves do mundo, mas opera com rigidez quatro ordens de magnitude superior a de outros materiais com densidade similar”, disse o pesquisador Christopher Spadaccini.

A nova tecnologia pode ser útil em ambientes em que haja a necessidade de combinar rigidez com força e baixo peso, como em estruturas a serem usadas no espaço, ou mesmo em baterias para dispositivos portáteis. Além disso, a estrutura pode conduzir som e ondas elásticas de maneira uniforme, abrindo o caminho para seu uso em materiais acústicos.





Fonte: R7

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