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Eleições Brasil 2012
Quinta - 07 de Outubro de 2010 às 13:19

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O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), que tirou férias para se dedicar à campanha de Dilma Rousseff (PT), disse na manhã desta quinta-feira, na entrada da reunião da Executiva do PT, que a polêmica sobre a posição dos candidatos em relação ao aborto não tem razão de ser porque os dois, Dilma e José Serra (PSDB-SP), teriam a mesma posição sobre o assunto.

"Tem temas sobre os quais não existe diferença entre os candidatos. Os dois candidatos têm a mesma posição sobre o aborto, são contra", afirmou.

As declarações do ministro fazem parte da estratégia do PT de tentar tirar a candidata da defensiva em relação ao tema. Tendo se declarado a favor da descriminalização do aborto antes da campanha, Dilma se viu pressionada por apoiadores ligados à área religiosa a ponderar o discurso, como forma de não perder votos nesse segmento.

Desde então, ela vem se declarando pessoalmente contra o aborto e a descriminalização, mas ressaltando que o assunto também tem que ser tratado do ponto de vista da saúde da mulher.


A campanha do PT tem dito que a divulgação por adversários de que ela seria favorável ao aborto teria lhe tirado votos na reta final do primeiro turno.

Padilha afirmou que o PT usará o segundo turno para ressaltar as diferenças entre o governo Lula, do qual Dilma fez parte, e o governo de Fernando Henrique Cardoso, do qual Serra fez parte.

O ministro explorou o tema privatizações, abordado por Serra ontem, para dizer que o tucano fez uma "defesa enfática" das privatizações, além de mudanças no marco regulatório do pré-sal. "Queremos debater as privatizações, somos contra", disse.

Ontem, Serra abordou o assunto, afirmando que o PT também privatizou. "O governo Lula continuou privatizando. Dois bancos. Não é um problema de número. É um problema de ideologia. Se privatizou, não era tão contra [...] Poderiam ter refeito várias privatizações. Ninguém fez nada. Então, não me venham com tró-ló-ló, com factoides", disse.

Padilha não soube dizer se a petista apresentará um novo programa de governo, por escrito, atendendo a pressões do PMDB, que pede um compromisso formal pela liberdade de imprensa e que deixe clara a posição da candidata nas questões que envolvem a área religiosa. Integrantes da campanha afirmaram que isso será feito nos próximos dias.
 






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