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Saúde
Quarta - 07 de Setembro de 2011 às 23:59

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A incidência de câncer no mundo cresceu 20% na última década, sendo registradas 12 milhões de novas ocorrências por ano --número superior à população da cidade de São Paulo, com 11.316.149 cidadãos. A informação, divulgada nesta quarta-feira, é do WCRF (sigla em inglês da ONG World Cancer Research Fund).

Para efeitos comparativos, a população global passou de aproximadamente 6,2 bilhões para 6,9 bilhões de pessoas em dez anos. Um aumento de cerca de 11%, segundo estatísticas da ONU.

Os cálculos do WCRF, feitos a partir de dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), apontam que 2,8 milhões dos cânceres estão relacionados à alimentação, às atividades físicas e ao peso da população. "O número deve crescer dramaticamente ao longo dos próximos dez anos", indica a organização.

O alerta é feito em antecipação à conferência da ONU, nos próximos dias 19 e 20, sobre as chamadas doenças não transmissíveis --câncer, males cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas e diabetes.

"[Essas] doenças são uma ameaça ao mundo inteiro e, em particular, aos países em desenvolvimento", diz o comunicado do WCRF.

BRASIL

No caso do Brasil, os dados mais recentes --disponibilizados pelo banco de dados Globocan, da OMS-- datam de 2008. Eles apontam para os tipos mais comuns de câncer, que são os de próstata (41,6 mil registros) e os de pulmão (16,3 mil) entre os homens.

Entre as mulheres, a maior incidência é de câncer de mama (42,5 mil) e de colo do útero (24,5 mil).

Para o WCRF, também no Brasil muitos casos de câncer têm relação com o estilo de vida. "Cerca de 30% dos tipos de câncer que estudamos no Brasil estão relacionados à dieta, às atividades físicas e ao peso", disse por e-mail à BBC Brasil um porta-voz da ONG, Richard Evans.

"Com relação ao câncer de intestino, um dos tipos de câncer mais ligados ao estilo de vida, estimamos que 37% dos casos brasileiros estejam relacionados a esses fatores."

ESTILO DE VIDA

De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há um ritmo crescente de obesidade entre as crianças brasileiras: 16% dos meninos e 12% das meninas com idade entre 5 e 9 anos estão obesas hoje no país, ou quatro vezes mais do que há 20 anos.

O aumento recente da renda média do brasileiro levou à substituição dos alimentos naturais pelos industrializados e a maiores níveis de estresse e sedentarismo, que estão por trás do crescimento dos índices de obesidade na população, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil em agosto.

O movimento foi acompanhado por um aumento nas taxas de excesso de peso, que passaram de 42,7%, em 2006, para 48,1%, em 2010, indica o Ministério da Saúde.

 






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