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Agronegócios
Terça - 25 de Outubro de 2011 às 14:33

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As lideranças rurais de Mato Grosso se mobilizam para cobrar, do governo federal, que este tome frente nas discussões para implantação da hidrovia Teles Pires-Tapajós e, inclusive, arque com os custos para construção das eclusas - sistemas elevatórios de embarcações nas barragens - que necessitam serem feitas nas hidrelétricas.

Somente no território mato-grossense, pelo menos cinco usinas hidrelétricas estão previstas sem o sistema elevatório. O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, informou, em entrevista ao Olhar Direto, que a entidade vai articular junto ao governo para que as despesas com eclusas sejam pagas pela União.

"Hoje, a construção de eclusas tem que ficar por conta das concessionárias de energia e isso precisa ser invertido, já que as construtoras não estão fazendo a elevação. Então o que vamos trabalhar agora é que essa obrigatoriedade da construção das eclusas seja do governo federal, que é muito mais interessante para os agricultores, já que a hidrovia é de interesse nacional", informou.

Glauber aponta que a mudanças estariam já na elaboração dos projetos das barragens, que seriam feitos pelas concessionárias com a existência das eclusas, mas os custos para erguer os sistemas de elevação correriam por conta do governo. Pelo menos duas hidrelétricas já estão em construção no rio Teles Pires - uma em Colíder e outra e Paranaíta - e nenhuma delas com eclusas.

O ideal, segundo Silveira, seria construir as eclusas junto com as hidrelétricas, pois o custo seria bem menor. Instalar o mecanismo depois de uma barragem pronta pode custar até R$ 1 bilhão, como foi o caso da eclusa na Usina Hidrelétrica Tucuruí, no Pará. Por diversos fatores - um deles a falta de recursos -, aquela obra demorou 20 anos para ficar pronta.

Transportar os grãos pelas balsas até o embarque nos navios atracados em Santarém (PA) ou na Ilha de Santana (AP) é o "sonho" do agronegócio mato-grossense, já que desoneraria os custos com frete. Hoje, são gastos US$ 120 por tonelada para levar a produção até os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). Com a hidrovia rumo ao Norte do país, a despesa baixaria para cerca de US$ 30.
 

 






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