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Agronegócios
Terça - 01 de Novembro de 2011 às 07:00

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A cultivar apresenta diferencial de crescimento e produtividade no período da seca. (Foto: Secom/MT)

A cultivar apresenta diferencial de crescimento
e produtividade no período da seca.
(Foto: Secom/MT)

O cultivar Canará, material genético do capim elefante considerado por pesquisadores o mais produtivo para alimentação bovina, será lançado em Mato Grosso, no mês de março de 2012. Conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o produto é como uma das mais importantes forrageiras tropicais, devido ao seu elevado potencial de produção de biomassa, fácil adaptação aos diversos ecossistemas, boa aceitação pelos animais e muito utilizada na alimentação de rebanhos.

Além da Embrapa, participam da pesquisa a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). O pesquisador Francisco Idelfonso Campos e o zootecnista Antônio Rômulo Fava acompanharam a evolução da gramínea e experimentos no campo, no município de Tangará da Serra, a 239 km de Cuiabá.

O Trabalho de pesquisa com o capim elefante no estado começou no ano de 1998, com o teste de 58 clones e apenas 14 aceitos. Os clones são oriundos do Centro Nacional de Pesquisa Gado de Leite do Estado de Minas Gerais. Conforme os especialistas, a pesquisa teve como objetivo selecionar pelo menos um clone mais produtivo e adaptado para repassar aos pecuaristas.

O pesquisador Francisco explica que no período das chuvas, o capim elefante produz de 70 a 80% de matéria verde e 20 a 30% no período da seca. O capim produz até 100 toneladas de matéria seca ou 700 toneladas de matéria viva por hectare, considerado um índice extraordinário.
A maior produção do experimento no cerrado atingiu 63 toneladas de matéria seca e 500 toneladas de matéria viva por hectare.

De acordo com o zootecnista Antônio Fava, o capim elefante pode ser usado de várias maneiras, seja em pastagem direta, rotacionado ou na capineira em que a forrageira é cortada e colocada no cocho para o consumo do animal. Ele explica que mais de 50% das capineiras no Brasil utilizam como volumoso a cana-de-açúcar. O capim elefante é pouco utilizado porque oferece maior número de manejo. Enquanto a cana-de-açúcar é cortada apenas uma vez por ano, o capim elefante sofre cinco cortes.

“O teor protéico é fundamental para a alimentação animal tanto para produção de carne e leite. A cana-de-açúcar é rica em energia e pobre em proteína”, esclareceu Fava. Ele destaca que o pecuarista tem que ficar atento com o período de corte da gramínea, caso passe do ponto, tornará um capim fibroso, com baixo teor protéico e dificultar a digestão do rebanho. Segundo o zootecnista, o capim elefante pode chegar até 300 toneladas de massa verde por hectare/ano, enquanto a cana-de-açúcar produz até 120 toneladas de massa verde hectare/ano.
 





Fonte: Do G1 MT

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