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Educação
Domingo - 17 de Julho de 2016 às 10:02
Por: André Garcia Santana - Olhar Direto

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Na tentativa de demover os professores da rede estadual de continuidade ao movimento grevista, iniciado no dia 31 maio, o governador Pedro Taques (PSDB) conversou com membros da categoria durante o caminho para a vistoria das obras de revitalização da MT-246, na sexta-feira (15). Na conversa, compartilhada em seu perfil no Facebook, ele ressalta que a adesão a Parcerias Público Privadas (PPP) na construção de novas escolas não fará com que o acesso as unidades deixe de ser público.

“A iniciativa privada constrói e coloca os vigilantes. O Sintep quer agora que a merendeira não seja da PPP, nós discutimos e a merendeira não vai ser de PPP, o inspetor também não. A PPP vai construir a escola e nós pagamos por mês. Depois de 20 anos, é do Estado isso. Nós não vamos cobrar mensalidade, não vamos mandar embora professor”, garantiu aos profissionais.

No final da gravação ele menciona os prejuízos da paralisação aos alunos que realizarão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), este ano e pede que os professores não acreditem em mentiras. “Algumas escolas de Mato Grosso não tem vigilante e eu não posso colocar um PM em cada escola, por isso a empresa privada vai consertar a escola quando quebrar, pra que o diretor e o professor cuidem da gestão pedagógica. Nunca vamos cobrar. A escola Pública tem que ser 100% pública.”

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) decidiu, em assembleia geral na segunda-feira (11), pela continuidade da paralisação. A decisão veio dias após a aprovação da lei da RGA 2016 que garante 7,54% de reposição, e que desmobilizou a greve geral, levando diversas categorias a retomaram as atividades. A categoria cobra, além de um debate mais amplo sobre a PPP, uma nova proposta do Governo do Estado para que o movimento - que afeta 750 escolas da rede estadual onde estão matriculados cerca de 400 mil alunos - seja suspenso.

Os professores contam com o respaldo da Justiça Estadual, já que desde a decisão liminar, na semana passada, o desembargador Juvenal Pereira da Silva declarou a legalidade da greve. Sua afirmação no processo de que “aquele que não luta pelo seu direito, não é digno dele” foi adotada pelos grevistas como bandeira. Desse modo, a maior categoria do serviço público estadual continua em greve.

Ao longo da conversa foram abordadas ainda questões como a realização de concurso público para professores e o pagamento da RGA. “O professor precisa ter estabilidade. Não pode ficar preocupado se no final do ano vai encerrar contrato. Nós vamos fazer o concurso, mas só que este ano não podemos fazer porque estouramos o limite da Lei de Responsabilidade fiscal. Ou faço concurso pra professor ou pra policial. Escolhi policial porque não posso contratar policiais, tem que ser de concurso.”

Na última quinta-feira, o secretário de Educação, Marco Aurélio Marrafon, dirigiu um apelo para que os professores encerrem a greve e voltem às salas de aula. Ele anunciou também que a Seduc vai realizar concurso público para a carreira dos profissionais da educação básica, com o cronograma obedecendo o número de vagas e critérios de seleção – tudo definido em 30 dias.

A greve atinge a cerca de 400 mil alunos matriculados em um total de 750 escolas da rede estadual de ensino.

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