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Polícia
Sábado - 16 de Julho de 2016 às 08:22
Por: Wesley Santiago - Olhar Direto

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Antonio José de Souza, 40 anos, disse – durante interrogatório – que mandou matar a ex-namorada, identificada como Ludmila dos Santos de Jesus, 18 anos, que estava grávida. Ao delegado Luciano Inácio da Silva, o acusado confessou ter pagado R$ 3 mil para que um amigo assassinasse a vítima. A jovem foi levada de Cuiabá, onde seria obrigada a fazer um aborto, para Alto Taquari (218 km de Cuiabá), onde aconteceu o feminicídio.

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Conforme o delegado, em um único dia o acusado falou 17 vezes com a garota. Os registros do celular mostram que ele saiu de Alto Taquari, veio à capital mato-grossense e retornou à cidade do interior com a garota. “Lá, ele entregou o carro e a menina para o amigo, identificado como Gilmar”, disse o delegado.

Depois disto, a jovem foi levada até o sítio de Antonio, onde foi morta. O homem teria a asfixiado: “Encontramos uma camiseta grudada ao pescoço da Ludmila, o que indica que possivelmente ela foi morta por asfixia”, disse a delegada titular da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), Silvia Pauluzzi.

Gilmar teria cuidado do assassinato e também da ocultação do cadáver, que foi enterrada a poucos metros da residência, no sítio do acusado. Para tentar disfarçar o local, Antonio colocou diversos entulhos em cima da cova, além de jogar mato. O acusado teria pago R$ 3 mil para que o homicídio fosse cometido.

Apontado como o autor do crime, Gilmar foi assassinado no mês passado, na cidade de Alto Taquari. Antonio ainda relatou ao delegado que Ludmila estaria ameaçando contar sobre o caso que eles tinham para a mulher dele. A jovem, que há dois dias havia completado 18 anos, estava grávida de quatro meses.

O suspeito fez com que ela fosse para Cuiabá, onde a obrigou a fazer um aborto, o que foi rejeitada por ela. Junto da ossada, havia uma bolsa, onde estavam todos os documentos da jovem. A arcada dentária da vítima será comparada para comprovar que os restos mortais são mesmo da jovem, o que a polícia tem 99% de certeza.

O caso

Conforme as informações, Antonio começou o relacionamento com a jovem quando ela tinha 17 anos. Os dois são naturais de Alto Taquari. A vítima completou 18 anos, quando desapareceu, no dia 4 de novembro de 2015 e sumiu após deixar a quitinete de uma amiga localizada no bairro Goiabeiras, em Cuiabá, onde estava hospedada.

Uma testemunha contou que ela estava grávida de quatro meses e teria vindo à Cuiabá para se submeter a um aborto, por insistência do namorado, que era casado e tinha três filhos, que não tinha interesse em levar a gravidez à diante e assumir o bebê.

Com mandados de prisão temporária e busca e apreensão deferidos, os policiais civis da DHPP se deslocaram, na terça-feira (12.07), até a chácara do acusado, no município de Alto Paraguai. Lá, Antonio foi surpreendido em poder de um revólver calibre 38. Ele foi autuado em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo e durante interrogatório sobre o desaparecimento de Ludmila, confessou o homicídio, indicando o local em que havia enterrado o corpo da jovem.

Após quase quatros horas de buscas, realizando trabalho manual com picareta e enxada, os policiais civis da DHPP conseguiram localizar o corpo da jovem, em uma profunda cova, na chácara do namorado. Peritos acreditam que a vítima tenha sido asfixiada até a morte. Antônio José foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele alegou ser perseguido e ameaçado pela mulher.





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