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Quarta - 06 de Julho de 2016 às 08:28
Por: Joanice de Deus - Diário de Cuiabá

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Álcool e volante: de acordo com pesquisa de 2015, 8,7% da população brasileira de 25 a 34 anos admitem beber e dirigir
Álcool e volante: de acordo com pesquisa de 2015, 8,7% da população brasileira de 25 a 34 anos admitem beber e dirigir

Apesar da adoção da tolerância zero para quem for pego em flagrante dirigindo sob os efeitos do álcool, Cuiabá registrou, nos últimos três anos, um aumento de 15,8% no número de pessoas que admitem dirigir depois de consumir bebida alcoólica. O percentual coloca a capital mato-grossense entre as três primeiras cidades brasileiras em que a população adulta mais abusa da combinação álcool e direção.

Dados como estes fazem parte de uma pesquisa do Ministério da Saúde (MS), divulgada recentemente. O levantamento mostra que, no ano passado, 11,7% da população cuiabana declararam que dirigiam após o consumo de qualquer quantidade de álcool, contra os 10,1% do ano de 2012. A cidade está apenas atrás de Florianópolis (13%) e de Palmas (11,9%).

Segundo o MS, os homens (8,7%) continuam admitindo mais a infração do que as mulheres (5,1%). Os dados também apontam que Cuiabá segue na contramão do restante do país, que registrou queda de 21,5% entre aqueles que assumem pegar o volante após consumir qualquer quantidade de álcool mesmo com o advento da criação da Lei Seca, em 2012.

Porém, no restante do país, o endurecimento da Lei Seca vem surtindo efeito. No conjunto das 27 capitais estudadas pela pesquisa, 5,5% dos indivíduos referiram conduzir veículos após o consumo de bebidas alcoólicas, contra os 7% de 2012, o que representa uma queda nacional de 21,5%.

Assim como foi constatado em Cuiabá, a proporção nacional é maior entre homens (9,8%) do que entre mulheres (1,8%). “Apesar disso, desde o endurecimento da lei seca, menos homens têm assumido os riscos da mistura álcool/direção”, informou o MS. Na média nacional, a queda foi de 22,2%, entre 2012 e 2015, entre o público masculino.

Já entre as capitais brasileiras, quatro se destacaram com queda superior a 50% nos últimos três anos. A primeira delas foi Fortaleza (54,1%), seguida por Maceió (53,2%), João Pessoa (51,4%) e Vitória (50,7%).

“É cada vez mais notória a importância da Lei Seca em inibir a população brasileira de se arriscar na mistura do álcool com o volante. Agora temos que continuar nessa batalha, principalmente entre os jovens de 25 a 34 anos, que apresentaram o maior índice da infração entre todas as faixas etárias pesquisadas”, declarou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, por meio da assessoria de imprensa.

De acordo com a pesquisa de 2015, 8,7% da população de 25 a 34 anos admitem beber e dirigir. O número é duas vezes maior do que o registrado na população de 18 a 24 anos e quatro vezes maior do indicado em homens e mulheres de 65 anos ou mais. Outro índice importante é o nível de escolaridade: a pesquisa detectou que, quanto maior o grau de instrução, maior é o número de pessoas que assumem o risco.

Os dados são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2015) que realizou mais de 54 mil entrevistas nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal. O levantamento é realizado anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde. Os dados são coletados e analisados por meio de uma parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP).

Atualmente, o condutor que ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica e for submetido à fiscalização de trânsito está sujeito a multa no valor de R$ 1.915,40 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Em caso de reincidência, o valor da multa é dobrado.





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