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Eder Moraes
Terça - 28 de Janeiro de 2014 às 23:04
Por: Eder Moraes

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Sucessivos erros estratégicos estão sendo cometidos pela gestão Mauro Mendes, eleito para quebrar paradigmas, ou pelo menos de forma exaustiva na sua campanha em 2012, propagou aos “quatro cantos” que faria uma gestão empresarial.

Prometeu aos servidores públicos municipais o décimo terceiro salÁrio, décimo quarto, décimo quinto e até o décimo sexto salário anuais, usando sempre como exemplo suas próprias empresas. Eis que ao chegar ao Alencastro deparou-se com a realidade nua e crua da contabilidade pública. "Com um corporativismo e fisiologismo presentes escancaradamente na sua gestão, não exonera aqueles que disputarão eleições em 2014, e com isso demonstra à sociedade que permite o uso da máquina pública para promover aliados"

Prometeu novos pronto-socorros, novas policlínicas, criticou e extinguiu o “poeira zero” de Chico Galindo e não criou nada que substituísse a altura as obras de infraestrutura nos bairros de Cuiabá.

Suas primeiras medidas mostrou um prefeito voraz sobre os contribuintes, aumentou o IPTU, sobretaxou o comércio, aumentou em mais de R$ 270 milhões o custo com a folha de pagamento projetado para os próximos três anos.

Se viu em maus lençóis nas relações com a Câmara Municipal que até hoje lhe rende dissabores por inabilidade política, o esporte, em especial o futebol, foi jogado às traças pelo prefeito, os escândalos “pipocam” a todo momento, cada dia com cifras mais e mais milionárias.

Com um corporativismo e fisiologismo presentes escancaradamente na sua gestão, não exonera aqueles que disputarão eleições em 2014, e com isso demonstra à sociedade que permite o uso da máquina pública para promover aliados.

Explora situações de risco das pessoas, especialmente aquelas as margens dos rios, prometendo novas casas, moradias que efetivamente não acontecem na velocidade esperada.

Além disso, sem qualquer critério, expulsa trabalhadores com direitos adquiridos em suas áreas de atuação e não ressarce adequadamente, como no caso daqueles que estão às margens da avenida Beira Rio.

Se vê obrigado a pegar carona em obras alheias, que num passado não muito distante criticava e desdenhava veladamente, como por exemplo, as obras da Copa do Mundo tocadas pelo Governo do Estado. 

O mais intrigante é que comparece em todas as inaugurações e pede para fazer discurso, claro, por conveniência, e agora idolatra o governador Silval Barbosa.

O governo Mauro Mendes tem lá seus raros acertos, mas os erros primários ainda são muitos, cometidos por uma equipe inexperiente que após um ano de mandato ainda está “embrionariamente tateando” aquilo que já deveriam estar moldando com formas definitivas. 

Para completar o quadro mais parecido com uma “Torre de Babel”, o Corregedor Geral do Município de Cuiabá noticia como a manchete do ano que todas as Secretarias da Prefeitura Municipal de Cuiabá, me parece que são 21, seus órgãos e empresas vinculadas, estão “sob correição”, e que a devassa vai começar pela Saúde.

Teria então o respeitado médico Dr. Kamil Fares cometido alguma infração interna passível de uma ação repreensiva? Por que todos estão sob correição? O prefeito desconfia de toda a sua equipe? Escolheu mal seus assessores? 

Ao colocar todos sob correição o prefeito coloca seu mandato na verdade sob correição. Teríamos então perdido todo o ano de 2013 para que agora tivesse que implementar a chamada ação de refazer, punir e corrigir?

Até o momento nenhuma obra relevante foi inaugurada sob a batuta de Mauro Mendes, e a pergunta que não quer calar: até quando a população vai suportar essa enganação?

EDER MORAES é ex-secretário da Copa, Fazenda e Casa Civil de Mato Grosso.




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